sexta-feira, 15 de abril de 2011

domingo de ramos . fonte: (www.santuarionacional.com)

No século IV, já encontramos em Jerusalém notícias sobre uma celebração que procurava recordar o mais exatamente possível a entrada de Jesus de Nazaré na cidade. Na descrição desse ingresso do Senhor em Jerusalém não se fala em uma celebração eucarística. Menciona-se apenas uma oração à cruz depois do lucernário. Essa procissão tinha um grande sucesso. No Oriente, todo o dia do domingo estava ligado ao tema dessa entrada. Essa procissão assume naturalmente o caráter de uma dramatização. No Egito, a cruz será carregada em triunfo: em Jerusalém, o bispo percorre as ruas montado num jumentinho. Esses costumes passarão do Oriente para a Espanha e daí para a Gália. Assim, no século VII, encontramos na Gália o Domingo de Ramos celebrado com toda a solenidade. Os Livros litúrgicos nos contam uma bênção dos ramos sobre o altar, sem falar da procissão. Esta, contudo, é claramente atestada no século IX. Em Roma, entretanto, no domingo que antecede à Páscoa, se lê o evangelho da Paixão do Senhor. Assim, aos poucos, a atenção da comunidade cristã se concentra sobre a Paixão, como se vê nos 19 sermões de S. Leão Magno, pronunciados por ocasião da Paixão. Em Roma, o Domingo de Ramos se torna assim o domingo De Passione. Todavia, com a chegada do Pontifical romano-germânico, do século X, e sua introdução em Roma, por volta do século XI, a procissão dos ramos se torna um costume. O Pontifical Romano do século XII nos descreve o que acontecia na mesma época na Gália e em Mogúncia. Ás Igrejas de Roma adotam oficialmente essa procissão. Na basílica papal de Latrão, a liturgia de ramos é celebrada com certa discrição. O papa benze os ramos numa capela do seu palácio e a procissão se dirige à basílica para a eucaristia. Os fiéis seguram nas mãos os ramos e caminham cantando antífonas.